21 anos. Exímio ladrão de pedaços de animais.Alguém que se importa.

Uma alma sensí­vel.


18s
Aleatorium
Antimyxo.
Endorphina
Kill your Idols
Kool Thing
Necrometrópole
Reservatório
The Offender


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[segunda-feira, dezembro 20, 2004]

Eis o Mistério da Fé

Eu costumava ser um garoto renegado por Deus. Até que, em uma bela manhã de domingo, o Senhor, envolto por nuvens, gritou do céu: "Tá com desejo? Estupra, mas não mata". Desde então eu me dedico à fina arte do ventriloquismo.

Palavra da Salvação.



por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 3:53 PM.

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[sábado, dezembro 18, 2004]

Falácia

Em algum povoado em Angola vivia um garoto. Mas não era um garoto qualquer. Ele tinha elefantíase. Elefantíase peniana. Cresceu achando que era normal ter uma jeba de 50 centímetros de diâmetro. Nada que o impedisse de realizar atividades normais, como salto em vara.
Sua vida mudou quando viu pela televisão, feita de copos de plástico e fios, quantas oportunidades um país como o Brasil poderia oferecer. O garoto passou a nutrir grandes sonhos, maiores até que seu falo. Poderia enriquecer com o Carnê do Baú ou virar ator e participar de propagandas de cerveja. Enfim, uma aventura.
Entrou no primeiro container que encontrou. Logo estaria no Brasil, ouvindo os maravilhosos músicos peruanos.
Chegando, veio a decepção. A vida não era como a televisão mostrara. A Super Casas Bahia nem era tão grande assim.
Sem qualquer perspectiva para o futuro, passou a vagar por becos escuros, onde travou amizade com grandes homens, como Celso Portiolli e alguns ex-Polegares.
Celso enxergava em nosso amigo enormes qualidades. Na verdade, era até difícil não percebê-las. Notou o às que tinha em sua manga. O nosso amiguinho era meio tarado por peças de roupa.
Portiolli, que freqüentava os becos só por fetiche, levou o garoto aos estúdios do SBT, para conhecer Sílvio Santos. Conversa vai, conversa vem, o jovem acabou pedindo pra pegar no microfone do patrão. Pronto. Agora era uma questão de tempo até que estivesse no topo. De tempo e de Viagra, diga-se de passagem.
Sílvio, detentor dos direitos de exibição de vários pornôs que eram exibidos até meados de 1996, no "Cinema em Casa", viu uma oportunidade para rechear a poupança. Criou o selo "Pregas, pra que te quero?" e começou a produção em massa de filmes, tais como "Encaixotando Maria do Bairro" e "Sonho de uma Noite, que Varão!".
Só havia um problema: quanto mais longa fosse a ereção, mais pálido nosso herói ficaria. Sim, um negro pálido. Sílvio, que não queria ver a movimentação em sua poupança estacionar, não deu atenção ao falo. Cinco filmes depois, o pobre angolano não agüentou. Como em uma implosão, tudo veio a baixo. Sua carreira estava arruinada.
Reza a lenda que, desesperado, se enforcou com o próprio pênis, sendo possível ouvir seus lamentos nos corredores do SBT até hoje. "Logo eu, que tinha uma cabeça tão boa", diz o espectro.



Cartaz do primeiro filme do nosso herói, "Fisgada pela Boca", onde trabalhou como árvore em uma colônia de pansexuais.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 1:55 AM.

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[sexta-feira, dezembro 17, 2004]

Então é natal

Já dizia o sábio: "Crianças engolem qualquer coisa". Dizia, porque não diz mais. Não diz mais porque foi preso por pedofilia.

(...)

É, eu estou em mais uma das minhas crises de criatividade. Vamos ver se a imagem, pelo menos, salva o post.


Pela cara do Daniel, ele acabou de encontrar as bengalas de açúcar.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 5:07 PM.

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[sábado, dezembro 04, 2004]

...
Eu encontrei Deus. E ele está na seção de jogos da Bola de Neve.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 1:57 AM.

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Marquisson, um brasileiro

Marquisson da Silva nunca foi uma criança feliz. Preferia Barbies a Comandos em Ação. Preferia fazer brigadeiro a realizar atividades típicas de meninos, como, por exemplo, botar o rabo no burro. Tinha pôsteres do cantor Daniel espalhados por todo seu quarto.
Sentia-se deslocado.
Triste, reprimia-se. Prometia a si mesmo que nunca mais iria requebrar ao som de Menudos. Mas era mais forte do que ele.
Como o tempo não dá tempo, Marquisson cresceu. Mas não foi só Marquisson que cresceu. Seu... erh... orgulho... também.
Decidiu que era tempo de sair do armário. Estava muito escuro. E saiu.
No começo, a luz era forte demais para seus olhinhos. Mas acostumou-se. Assim como acostumou-se a levar... ah... deixem pra lá.
Enfim, ânus se passaram e Marquisson já era uma bicha famosa. Tinha até aparecido na Hebe.
Mas, como já disse o poeta, "tudo passa, tudo passará".
E realmente passou. Marquisson acabou morto.
Mas não foi uma morte qualquer. Morreu como qualquer afeminado gostaria de morrer. Varado por um vagão de trem.


Marquisson em um momento de descontração.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 1:50 AM.

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[quinta-feira, dezembro 02, 2004]

Paquíteno

Já eram quatro horas da manhã. Sebastião comia um risole. Era o quinto só naquela noite.
-É melhor você maneirar. Você já comeu risoles demais por hoje. - disse o homem no balcão
Sebastião saiu. Errava pelas ruas, quando deu de cara com um garoto.
Era um garoto muito estranho.
Sebastião tirou um pedaço de frango dos dentes e andou na outra direção.
Era mesmo um garoto muito estranho.




por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 2:02 AM.

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