21 anos. Exímio ladrão de pedaços de animais.Alguém que se importa.

Uma alma sensí­vel.


18s
Aleatorium
Antimyxo.
Endorphina
Kill your Idols
Kool Thing
Necrometrópole
Reservatório
The Offender


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[sexta-feira, janeiro 28, 2005]

Enlarge your penis.

Conta a lenda que o homem, após levar muitos anos de vida devassa, resolveu que era tempo de procurar por iluminação. Afinal, os estabelecimentos da região eram muito escuros e ele vivia tropeçando em todo mundo. Com esse nobre intuito, começou sua jornada.
Chegou a uma loja da rede C&C e pediu ajuda a um vendedor.
"Estou em busca de luz", disse o homem.
"Só aqueles que não tem amor aos bens materiais podem alcançá-la", respondeu o vendedor, com uma calma enervante.
"Tudo bem, eu tenho Visa", disse, sacando o cartão.
"Você tem certeza de que quer prosseguir? É um caminho sem volta", continuou o vendedor.
"Vai logo, porra", disse o homem.
"Que assim seja. Se você pagar R$2,00 a mais, leva esse incrível caneco de latão", proclamou o vendedor, mantendo a sua aura misteriosa.
"Tanto faz", disse o homem, enquanto pagava e saía apressado, porque Happy Line já estava pra começar.


Eu repito imagens, e daí?


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 6:20 PM.

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[quinta-feira, janeiro 27, 2005]

"Engulo."

Um dia após a publicação da entrevista com Antenor do Sapato dourado, uma carta anônima foi enviada à nossa redação. A carta explicitava a relação do guru da dança de salão com Dado Dolabella, por meio de evidências fotográficas. Indignados com essa notícia bombástica, decidimos procurar o suposto amante de Antenor para botar, definitivamente, os pin(t/g)os nos Is.

Pra começar, para quem você tira o chapéu? Se disser que não pode tirar o chapéu porque já foi circuncisado, apanha.
Para o Felipe Dylon. Alguém tem que avisar praquele guri que garotos de boné são... como dizer?... manés. Eu sei dessas coisas. Eu sou uma pessoa muito requintada.

Diga, que horas são?
Eu não uso relógios. Relógios são para pessoas pobres e sem sucesso na vida. Eu posso ver as horas no meu celular, se quiser. Mas ele está no vibracall agora e eu pedi para o Thiagão me ligar assim que saí do metrô e eu realmente não acho que valha a pena agora, se é que me entende. Eu sou uma pessoa muito requintada.

Você comeu mesmo o Faustão?
Se eu comi o Faustão ou o Faustão me comeu é assunto de interesse apenas para nós dois e aquele vendedor de pisos. Mas acho que pode-se dizer que o Faustão me comeu. Assim como comeria uma marmita. Eu sou uma pessoa muito requentada.

Em qual das minhas mãos está o lenço?
Na que não está segurando o meu pênis. Duh.

Dado, com você a sorte está sempre lançada? (risos) Perdão.
Eu acabo de pensar numa coisa. Se você disser "a sorte está lançada" para Jesus, será considerado uma piada de mau gosto? Entende? Lança. Lançada. Esse tipo de coisa.

O pedreiro Jesus?
O nome dele era Pedrão e você sabe bem disso. Ele não deixava pedra sobre pedra. Mas pau sobre pau é outra história.

Quer mandar um beijo pra alguém?
Para o Myxomatosis, do www.sussertod.blogger.com.br. É um rapaz maravilhoso e muito talentoso que eu penso que merece o nosso apreço. E, lógico, pra você, Xuxa.

Ouvi dizer que esse aí queima. Vamos à derradeira pergunta, agora.
Engulo.

Não, não. Você é uma pessoa muito requintada, é óbvio que engole. Complete: cavalo Dado não se olha os...
Bah, vá tomar no meio do seu cu. Acha que eu pedi para nascer com esse nome? Eu queria me chamar Luíz.

Dado se recusou a continuar com a entrevista, mas é evidente o veredicto: Esse aí é um viado.



por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 1:37 AM.

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[quarta-feira, janeiro 26, 2005]

O homem, o mito.

Antenor do Sapato Dourado foi um dos maiores ícones da Dança de Salão brasileira. Dizem por aí que ele era o mentor de figuras notáveis, como Carlinhos de Jesus, Toninho do Capeta e Leão Lobo. Mas a vida dá muitas reviravoltas e Antenor acabou se fodendo bonito. A fama lhe subiu a cabeça e, depois, à cabeça. Arrogante, Antenor passou a desprezar clientes pequenos. Levou um processo-monstro do Sindicato dos Bailarinos Anões e hoje vive em um casabre na Marginal Pinheiros, onde divide um quarto-sala com sete capivaras operárias. Nossa equipe conseguiu dar uma palavrinha com a lenda, que nos recebeu em seu aposento. Valeu, Antenor!

Antenor do Sapato Dourado, muito obrigado por nos receber para essa entrevista. Vamos começar com uma pergunta óbvia. Você é gay?
- Um de meus clientes era um palhaço do circo Vostok. Certa noite, ele me levou para um canto e mostrou a jaula do leão, foi assim que conheci a orgia. Mas há dois anos Jesus Cristo entrou em minha vida e hoje sou um novo homem. Sim, Jesus faz como ninguém.

Ah, sim, como pensávamos. Em 1937, quando o senhor lançou a dança que virou mania nacional, o estilo "Sinto que Estou Pisando em Ovos", o número de vasectomias caseiras aumentou em mais de 500%. Como o senhor explica isso?
- Na verdade, o problema da vasectomia caseira foi fruto de outra dança: "Em Casa de Ferreiro o Espeto é de Pau".

É verdade que o senhor foi chamado para participar das gravações do finado programa Sandy & Junior, mas recusou por causa de um convite mais tentador, feito pelo açougue HiperCarnes?
- Em Sandy & Junior, eu só faria uma ponta. Aceitei o convite do açougue porque eles permitiram que eu mostrasse os fundos também.

Bonito esse seu tamanco. Onde comprou?
- Não são tamancos, são minhas bolas.

E onde está o sapato dourado...?
- No começo da vida profissional, eu vendi a alma ao diabo em troca do sucesso. Ele me deu sapatos dourados maneiros, e com eles construí minha carreira. Mas quando caí no esquecimento, ele tomou os sapatos de volta para conquistar um bofe.

Por que "Where's Waldo?" foi traduzido como "Onde está Wally?"? Que falta de bom senso.
- Porque "Where's Waldo?" era constantemente lido como "Where's Wando?", o que provocou ciúmes em Sidney Magal.

Falando nisso, onde está Wally?
- Virou pastor evangélico. A "Vigília dos 318 Pastores" é uma evolução natural de "Onde está Wally?".



por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 3:18 AM.

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[domingo, janeiro 23, 2005]

Paris Hilton Sex Tape, Pamela Anderson, Colegiais, FGV, Mário Covas.

Eu vi Johnny Tsunami pela quinta vez, hoje. Putaquepariu. Que filme ruim. Fui obrigado por uma horda de puritanos a mudar meu post, porque era de muito mau gosto. Não vou mais dizer que o Sri Lanka seria um lugar oportuno pra fazer um remake de 20.000 Léguas Submarinas. Vocês não entendem. Eu nunca me aproveitaria de uma tragédia como as tsunamis. Nem disponibilizaria vídeos de qualquer tragédia, fossem tsunamis, fossem festas de aniversário de garotinhos de seis anos. Nem fotos de cadáveres, vítimas das tais tragédias, como as tsunamis. E as pessoas ainda tem a coragem de dizer que este post só existe pra ganhar destaque em sites de busca. Ora essa. Tsunamitsunamitsunami.


Só está rindo porque não foi com ele.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 7:27 PM.

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Eu via a tristeza nos óio dele

Aí está a tão aguardada Jam Session que eu vinha prometendo para o koolthingo há tanto tempo. Se você não for o koolthingo, não leia este post, por favor.

Mudo diz:

Analfabeto diz:
kaof?
Mudo diz:

Analfabeto diz:
gajgajg[akt[kar!
Mudo diz:

Analfabeto diz:
Aoisaiajaogijaeoij!!!
Mudo diz:

Mudo diz:

Mudo diz:

Analfabeto diz:
...t
Analfabeto diz:
á,
Mudo diz:
Porra.
Mudo diz:
Seu chato.
Mudo diz:
Era pra ser o post da jam session.
Mudo diz:
Como se sente tendo fodido tudo?
Mudo diz:
É bom que se sinta péssimo... caralho.
Puto da Cara diz:
Estou puto da cara.
Puto da Cara diz:
Vê meu nick?!
Puto da Cara diz:
Estou muito puto da cara.
Puto da Cara diz:
Menino, como eu estou puto da cara.
Puto da Cara diz:
Pronto. Chega.
Puto da Cara diz:
Não estou mais puto da cara.
Puto da Cara diz:
Só queria tentar salvar o post.

(cinco minutos depois)

Espero que o Sr. Myxomatosis morra de candidíase diz:
Vai, me ignora.
NãNãNãNã!!! diz:
Ahn.
NãNãNãNã!!! diz:
Ehr.
NãNãNãNã!!! diz:
Como eu ia saber?!
Espero que o Sr. Myxomatosis morra de candidíase diz:
Vou postar de mesmo jeito.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 1:08 AM.

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[quarta-feira, janeiro 12, 2005]

Cinco

Joãozinho era um garoto de cidade do interior como qualquer outro. Aos sábados, empinava pipas, aos domingos, fazia os deveres e, às segundas, participava das reuniões do esquadrão de extermínio da cidade, Gardenópolis.
Joãozinho era um garoto supersticioso. Morria de medo de cruzar com um sabiá-de-olho-de-vidro manco e com o pescoço quebrado. Diziam que isso trazia má sorte pro resto da vida. Além de gravidez precoce. E Joãozinho acreditava.
Joãozinho era um garoto feliz. Naquele dia 5, tinha encontrado uma carteira com cinco moedas de cinco centavos, cinco notas de cinco reais e cinco folhas de cheque, todas preenchidas no valor de cinco reais, datadas do dia 5 de Maio de 1995. Sabia que seria um dia de sorte.
Joãozinho era um garoto saltitante. Saiu pelas ruas, todo serelepe. Com tamanha alegria, Joãozinho já nem olhava mais para onde estava indo. Chegou perto da linha do trem 5, que passava todos os dias às cinco para as 5. Olhou para o relógio. Faltavam cinqüenta e cinco minutos para a chegada do trem. Fez que ia atravessar, mas cinco vagões desgovernados atropelaram seus testículos. Cinco vezes.
Jãozinho era um garoto. Agora não se sabe bem o que ele é. Mais tarde, descobriu-se que o maquinista, que era fã de Maroon 5, estava bêbado, após ter ingerido cinco garrafas de Caipirinha Cinqüenta e Um.


1325 caracteres dentro desse texto, quantia divisível pelo número 5. Cinco palavras antes da vírgula, cinco palavras depois da vírgula. Cinco pauzinhos formam o cinco. "Cinco" leva cinco letras mágicas. Cinco grande doses de Gardenal.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 1:30 AM.

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[terça-feira, janeiro 11, 2005]

Kukimata

Em meados da década de 50 a.M (antes de Ronald Mc'Donald e, conseqüentemente, de sua casa de caridade), todo homem civilizado partia rumo à África para matar um nativo ou dois e fazer fortuna. Era tudo uma farra. Até um dia fatídico.
Nesse dia fatídico, John Smith John, colonizador bondoso, foi encontrado morto, com um lampião ("lampião", não "Lampião") fincado no intestino. A cena não causou muito espanto, pois JSJ sempre tivera hábitos estranhos. "Isso vai acabar te matando, JSJ", diziam os companheiros, quando JSJ acendia a fogueira com o atrito provocado por suas sobrancelhas, esfregadas uma contra a outra. Conformados com a perda, seus colegas colonizadores empalharam-no e o usaram como abajur, deixando-o em cima de um criado-mudo-surdo-e-cego, que, coincidentemente, também era feito de outro colega desafortunado.
Dias se passaram após aquele acontecimento sombrio. Tudo corria bem, como se o Tempo usasse Flanax após praticar atividades físicas, até que John Johnson John saiu para caçar alguns escravos safados. "Oh, JJJ, seu serelepe. Não estamos mais nos verdes campos da Inglaterra e, nem por isso, você abandona os seus hábitos! Você já pegou sífilis assim, naquela vez da ovelha desdentada! Isso ainda te mata...", disse John Gates John para si mesmo, antes de sair em busca de JJJ.
Após alguns minutos de caminhada, JGJ se deparou com uma cena assombrosa. JJJ estava morto. E tinha um dente de elefante africano fincado fundo no útero. Sim, agora ele tinha um útero. JGJ lamentou a morte do amigo. Resolveu que precisava conceder-lhe um enterro digno. Enterrou. Mas tirou o dente de elefante antes, afinal, dupla penetação é crime na África.
Após a cerimônia crisã, JGJ resolveu voltar para casa. Iria avisar ao resto do grupo sobre o infeliz acontecimento. Começou a caminhada. Ouviu barulhos em uma moita próxima. "Oh, oh, oh!", pensou JGJ, aproximando-se do arbusto barulhento. Sentiu medo. Com uma nova descarga de adrenalina, JGJ arrancou a folhagem. Surpresa. Espanto. Indignação. JGJ estava cara a cara com o terrível maníaco matador de bons homens brancos. "Kijana Kayin Kenyatta!!! O que você fez?!", indagou JGJ, dando passos vacilantes para trás, sem tirar os olhos da grotesca cena, onde Kijana Kayin Kenyatta, um nativo bombadão (e amante preferido dos colonizadores), estuprava um esquilo. Kijana Kayin Kenyatta havia sido descoberto. Não poderia deixar que aquele homem espalhasse o seu segredo. Já havia sido pego com as calças arriadas outras duas vezes, enquanto se divertia com um poste de luz precário e com um elefante. Kijana Kayin Kenyatta pegou o esquilo e empalou JGJ.
Cansado de matar homens de bom coração, Kijana Kayin Kenyatta pegou o primeiro navio para os Estados Unidos, onde mudou seu nome. Seu paradeiro é hoje um mistério. Muitos juram que Kijana Kayin Kenyatta se matou, cansado de carregar o peso de três homens nas costas (Sim, três homens nas costas), outros admitem a possibilidade de Kijana Kayin Kenyatta ter se tornado um popstar mundialmente famoso.


In memoria.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 6:01 PM.

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Esclarecimentos

Torta holandesa não leva goiaba.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 3:17 AM.

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[segunda-feira, janeiro 10, 2005]

Eu não gosto de goiaba

Um dos grandes flagelos da humanidade, que vem causando horror de geração em geração, é a falta de torta holandesa em qualquer tipo de estabelecimento. É perceptível a sua substituição por risoles. Risoles de carne e queijo. Diga-me: o que você comeu da última vez que teve uma diarréia, daquelas no capricho? Não precisa responder. É claro que foi um risole. Risoles têm esse poder, são danosos e sádicos. É sabido por todos que o risole de carne e queijo causa, além da já citada diarréia, transtornos na bexiga, onde inibe o hormônio anti-diurético (ADH). "Oh, tudo bem, eu só como chambinho", pensa o leitor amigo. Não está tudo bem. Você poderia viver até os 150 anos se comesse torta holandesa. Ou, se optasse pelo lado negro da força (o risole), como muitos africanos fazem, até os 30. A falta de torta holandesa desencadeia o que há de pior no ser humano. Lembrem-se de Bangu I.
Há quem diga que a fórmula secreta da torta holandesa está guardada no prédio do Pentágono, junto com evidências fotográficas que comprovam a existência de filhotes de pomba e de negros albinos. Nesta fórmula, dizem, existe um hormônio de ornitorrinco capaz de barrar os efeitos nocivos provocados pelos famigerados risoles de carne e queijo no organismo.
Você já deve ter percebido que comprar fraldas geriátricas para o vovô não vai impedi-lo de continuar se mijando sem parar. A solução? Torta holandesa pra ele.
Mas espere! A torta holandesa tem outras aplicações. Vamos recorrer a um exemplo histórico.
Capitão Cook, cansado de presenciar casos de escorbuto em sua tripulação de másculos marujos, resolveu alimentá-los de torta holandesa. Tiro e queda. O surto de escorbuto desapareceu. Reza a lenda que, mais tarde, quando Cook foi aprisionado por aborígenes australianos, ofereceu um suprimento vitalício de torta holandesa em troca de sua liberdade. Os aborígenes, que só são bobos em filmes da Disney, aceitaram, e Cook mudou-se para o Novo México, onde vive até hoje, em companhia de Elvis Presley e Trotsky.
De volta às propriedades medicinais da torta, você já viu algum aidético aficcionado por torta holandesa? Hã, hã? É claro que não. Não existem aidéticos aficcionados por torta holandesa. Por que será?
Mas o mais interessante sobre a torta holandesa não é o seu sabor fenomenal, não é a sua aparência olímpica, não é o seu aroma libidílico ou a sua capacidade de regenerar tecidos mortos. Não, está longe disso. O mais interessante sobre a torta holandesa é a grande carga trocadilhística que traz consigo. Imagine o diálogo hipotético:
Jonas: "Puxa vida, como eu adoro comer uma torta holandesa!"
A baleia: "Você é doente. Aposto que vai até a sede da AACD todos os dias para se masturbar."
(...)


James Cook é que sabia viver.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 6:15 PM.

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[quinta-feira, janeiro 06, 2005]

Relatos sobre a queda da Bastilha - Director's Cut

Pois bem. O amigo carioca chamou a patota pra ir até o Centro e encher o bucho. Nada de mais. "Uma intoxicação alimentar nem parece tão ruim", pensei. Chegamos lá à uma da tarde. Chovia. Corremos até o sublime restaurante, onde se lia "Reis dos Reis", em um daqueles painéis padronizados de boteco, com um símbolo da Coca-Cola do lado esquerdo. Entramos, pedimos coisas estranhas e um frango caipira. Frango Caipira. Com cabeça. Admito que tive vontade de sugar aquela apetitosa caveira, que me encarava. Depois de horas de flerte, olhei para os dois lados, pra ver se ninguém estava olhando, saquei os palitinhos, com a habilidade de um samurai, e surripiei a cabeça da galinha. Enfiei no bolso. A chinesa, no balcão, começou a me encarar, da mesma forma que a galinha estava fazendo antes. "Oh, ela sabe! Estou perdido!", pensei. Saí discretamente com a cabeça da galinha no bolso. Conferi, pra ver se ela estava bem, e ela piscou pra mim. "Obrigado, amigo, nunca te esquecerei". Uma lágrima rolou das minhas faces e acertou os miolos do animal. Eu juro que as nuvens se abriram e Deus disse: "Bem aventuradas as galinhas degoladas, porque não podem encher o papo". A cabeça não piscou mais pra mim. Havia partido. Desolado, chupei a ossada. Não estava gostoso.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 1:36 AM.

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