21 anos. Exímio ladrão de pedaços de animais.Alguém que se importa.

Uma alma sensí­vel.


18s
Aleatorium
Antimyxo.
Endorphina
Kill your Idols
Kool Thing
Necrometrópole
Reservatório
The Offender


05/01/2004 - 06/01/2004
06/01/2004 - 07/01/2004
07/01/2004 - 08/01/2004
08/01/2004 - 09/01/2004
09/01/2004 - 10/01/2004
10/01/2004 - 11/01/2004
11/01/2004 - 12/01/2004
12/01/2004 - 01/01/2005
01/01/2005 - 02/01/2005
02/01/2005 - 03/01/2005
03/01/2005 - 04/01/2005
04/01/2005 - 05/01/2005
05/01/2005 - 06/01/2005
06/01/2005 - 07/01/2005
07/01/2005 - 08/01/2005
08/01/2005 - 09/01/2005
09/01/2005 - 10/01/2005
10/01/2005 - 11/01/2005
11/01/2005 - 12/01/2005
12/01/2005 - 01/01/2006
01/01/2006 - 02/01/2006
02/01/2006 - 03/01/2006
03/01/2006 - 04/01/2006
04/01/2006 - 05/01/2006
05/01/2006 - 06/01/2006
06/01/2006 - 07/01/2006
08/01/2006 - 09/01/2006
10/01/2006 - 11/01/2006
12/01/2006 - 01/01/2007
01/01/2007 - 02/01/2007
02/01/2007 - 03/01/2007
03/01/2007 - 04/01/2007
06/01/2007 - 07/01/2007
07/01/2007 - 08/01/2007
10/01/2007 - 11/01/2007
06/01/2008 - 07/01/2008
10/01/2008 - 11/01/2008
12/01/2008 - 01/01/2009
09/01/2020 - 10/01/2020

[sábado, agosto 13, 2005]

Histórias da Vida Privada

Jorge, o marido, e Jussara, a dona-de-casa melindrosa, já eram casados há um bom tempo. Não que fossem um casal feliz; só eram casados há bastante tempo. No passado, quando Jorge era mais jovem, as coisas eram diferentes. Pederastia era só mais uma forma bonita de convivência. O problema é que a família de Jorge não era daquele tempo. Para eles, pederastia era só mais uma grande viadagem. Certo dia, Jorge foi apanhado por seu pai em uma reunião do Fã Clube do Gugu Liberato. Lágrimas, gritos, desilusão, portas batidas, sorvete de morango. Jorge não era seu filho. Seu filho nunca se envolveria em tamanha baitolagem. A família o reprimiu e, para escapar da rejeição, jurou amor eterno à primeira mulher que passou por sua vida. Infelizmente, essa era um homem, e Jorge, descoberto novamente, levou uma surra de pau mole de seus familiares. Não que ele não tenha gostado. Desesperado, Jorge casou-se sem maiores ponderações com a mulher que vendia peneiras para arroz da vizinhança, que, por uma coincidência enorme do destino, era Jussara, a dona-de-casa melindrosa. Jussara, que buscava mudar de vida, já que vinha sendo ameaçada freqüentemente pela máfia da peneira para arroz por não respeitar as regras de livre concorrência das paneiras de arroz, aceitou prontamente o casório. Os anos se passaram e o casal já não se podia ver. Não se aturavam. Suas vidas já não faziam mais sentido; eles apenas existiam. Até que Mário, o peão-de-obras sedutor, apareceu.
Era um dia nebuloso de Outubro. Fazia sol. A campainha tocou. Jussara foi atender, tentando escapar do terrível ócio que era sua vida. Ah, como queria uma aventura! Qualquer coisa serviria. Até uma viagem a Itaquera. Na porta, Mário, que com seus ombros largos roçava os batentes, sorria idioticamente. Era novo na vizinhança e queria saber onde poderia comprar churros a preços módicos. Sabe como é, peões precisam se alimentar. Jussara, fascinada, deu as direções. O homem agradeceu idioticamente e foi embora.
No dia seguinte, Mário voltou. Queria saber onde poderia encontrar camisolas de seda a preços módicos. Sabe como é, peões precisam se cuidar. Jussara, novamente, deu as direções. No outro dia, Mário retornou. Agora, queria saber onde poderia encontrar absorventes a preços módicos (há! trocadilho!). Sabe como é, peões precisam estar sempre sequinhos. Jussara continuou dando as direções. E assim foi por uns dois ou três meses. Mário vinha, pedia direções e Jussara dava.
Num belo dia, Mário não veio. Jussara ficou ressabiada. A ansiedade era insuportável. Precisava dar direções. Foi à casa do homem. Chegando lá, tocou a campainha. Mário atendeu a porta, de hobby de seda e pantufas rosas. Jussara atirou-se sobre ele e jogaram gamão ferozmente ali mesmo, primeiro receosos, depois, entregues por completo. Jogavam todos os dias, sem exceção. Jorge, que sempre estava trabalhando, não se deu conta do súbito surto de bom humor de sua esposa. Como desconfiaria?
Infelizmente, certo dia, houve um acidente na fábrica onde Jorge trabalhava. Algo envolvendo prensas, genitálias e pigmeus croatas. Prevendo o escândalo, os donos da fábrica demitiram a todos. No dia da demissão, Jorge voltou mais cedo para casa. Ficou surpreso por não encontrar Jussara, que chegou algumas horas depois, com um grande sorriso nos lábios. Jorge foi tomado por ciúmes.
- Sem vergonha! Pela sua cara posso ver que esteve jogando gamão com nosso vizinho peão-de-obras a tarde inteira!
- ...imagine! Estive na Feira da Pechincha da Gestante, Bebê e Criança até agora! Ademais, não existe nenhum peão-de-obras na vizinhança.
- Claro que existe! Por acaso não conhece o Mário?
- Mas que Mário?
- Aquele que jogou gamão com você atrás do armário!
- Oh... então você sabe? Pois é verdade. E saiba que ele joga muito melhor que você.
Jorge teve um rompante de ira. Ia esbofetear a mulher, quando um camelo com as cores do arco-íris, montado por Mário, devidamente trajado como escravo egípcio e besuntado em óleo, derrubou a porta e invadiu a casa. Jussara ficou estarrecida perante o quadro bizarro e entrou em coma. Mário, o peão-de-obras sedutor, pegou Jorge pela mão e o ajudou a subir no camelo.
- Que tal se fôssemos para Itaquera? - disse Mário, docemente, enquanto o sol refletia no óleo de seu corpo e cegava os olhos que outrora pertenceram ao corpo cômico (em estado de coma) de Jussara.
E então Jorge, Mário e o camelo dispararam para terras distantes. Jorge nunca estivera tão feliz em sua vida. Afinal, Gugu podia ser bom, mas nunca teria duas bolas nas costas. Ou teria, mas não seria a mesma coisa.


O Mário.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 11:10 PM.

____________________________

[segunda-feira, agosto 08, 2005]

De como não fui vendedor de catatuas

Ultimamente não tenho "escrito". Só coisas "sérias" e impublicáveis. Não, não, ainda não me rendi ao mercado de contos eróticos, mesmo que corra por aí que "Sexo no Reboque" (por favor, não me perguntem como eu encontrei esse texto maravilhoso) seja de minha autoria. Quem dera. Só não tenho mais insipração/motivação/paciência/tempo/retorno/drogas/balinhas de goma. Escolham qualquer um desses motivos. Em suma: só estou enrolando ao máximo pra justificar a minha ausência, que já foi justificada uns cinco ou seis posts abaixo. Só pra ratificar.



Jude Law querendo dar carinho.jpg. Só pra manter o número médio de visitas.


por Caniço Duvidosamente Pensante às
| 6:39 PM.

____________________________