Uma versão alternativa dos fatos nos mostra que durante a Santa Ceia (Saint Seya, no original em aramaico), quando Maria Madalena trouxe a compota de pavê para a sobremesa dos bons homens ali sentado à mesa, Judas teria proclamado, todo sorrisos, se era " pavê ou pra comê?" e Tomé teria afirmado ser a primeira alternativa a resposta, fazendo um esforço neotestamentário para conter o riso que já lhe entornava viscoso, cor de bile, pela canto do boca. Jesus, então, em uma manifestação furiosa de... hã... fúria... teria acertado os dois com uma saraivada de pães. À extremidade esquerda da mesa, longe demais para coseguir compreender as palavras dos jocosos companheiros, sentava, excluído, Simão. Como tinha mau hálito, não tinha amigos e só havia se tornado um discípulo porque Jesus achou prudente ter alguém para zombar quando não conseguisse pensar em alguma piada em tempo suficiente. "Aí, Jesus, conhece o Mário?", costumava dizer Mateus, ao que Jesus, que herdara seu humor de sua mãe, Maria, cheia de graça, respondia, por sua vez, "Eu, não! Mas o Simão deve conhecer! (risos)".
E assim acontecia em uma série de situações.
De qualquer forma, Simão, no canto da mesa, teria entendido as palavras de Tomé de forma errônea e teria colaborado para a afirmação de um erro histórico, atribuindo a Tomé a máxima "Só acredito vendo".
Judas, por sua vez, crucificado, execrado por Jesus a partir dessa dia (execração esta que não durou muito tempo, convenhamos, já que Jesus foi pego pra Cristo e virou presunto logo depois), passou à história injustamente como traidor, quando, na verdade, só queria trazer um pouco de alegria para o coração espinhado de um Jesus brutalizado.